Translate

quarta-feira, 16 de abril de 2014

Relato: Corridas de Montanha Paranapiacaba - 2014

Paranapiacaba foi minha primeira prova de Montanha.


De lá para cá participei de diversas provas até o final de 2013, garantindo alguns troféuzinhos que alimentam o ego de qualquer um!!


Desde que comecei a treinar na JVM - assessoria com treinos voltados às corridas de montanha - percebi que meu desempenho vinha melhorando, mesmo que a passos lentos e estava, finalmente, saindo da minha zona de conforto - que tanto o Gabriel insistia pra eu fazer. 
Desde o final da Copa Paulista de Corridas de Montanha de 2013, onde conquistei o 2º lugar na faixa etária (30 a 39 anos), nosso objetivo para 2014 estava mais ousado: distâncias maiores, treinos com mais qualidade e menor número de provas, tanto para economizar uma grana, quanto para rendermos melhor, afinal em 2013 saiu caro e dolorido, tanto no bolso quanto pras pernas (não estávamos dando o tempo de descanso necessário e não estávamos aproveitando adequadamente os treinos, e lá estávamos nós indo pra mais uma prova...).




Troféus em 2013

Assim, mesmo já com o objetivo de não participar do ranking da Copa Paulista, eu tinha certeza que pelo menos a etapa de Paranapiacaba eu ia fazer!! 
Já estava com o tênis, a mochila de hidratação, etc, tudo pronto pra essa prova. 

Convidei algumas amigas do revezamento Bertioga-Maresias pra conhecer o que é uma corrida de montanha de verdade e avisei que não podia ter dó de sujar os tênis, que tinha trecho de rio, que tinha muita lama, e etc.(tudo aquilo que a gente tanto gosta nas provas de montanha!).
Quando publicaram a lista de inscritos, para minha total surpresa, haviam 700 pessoas inscritas (entre endurance, curto e longo). Como assim?? Só no longo eram mais de 400 pessoas!!! 
Baseada nisso, tive que repensar minha estratégia de prova...A trilha do rio lá pros 2km também é famosa pela sua 'fila' e pela repreensão de outros atletas caso algum espertinho tentasse furar a fila. Isso me despertou um certo receio, pois, pra que eu pegasse a fila menor, precisava largar com um ritmo mais intenso, o que não é meu forte, e dessa vez ainda teria pelo menos o dobro de inscritos comparando com o ano anterior. 
Três dias antes da prova, com inscrições antecipadamente garantidas, fomos ao ortopedista e ele recomendou que o Gabriel não interrompesse a recuperação - o que não foi muita surpresa, uma vez que o Gabriel ainda vinha (e vem) sentindo dores nas pernas -, e considerando  que nosso objetivo maior era o Mountain Do do Ushuaia, que aconteceria dali a duas semanas. 

Muito chateados, pois alguns itens compramos pensando especificamente nessa prova, anunciamos o repasse da inscrição do Gabriel dessa prova. 

Chegado o dia da prova, lá estávamos nós revendo velhos amigos e observando a quantidade de pessoas que pra nós era inédita. Soubemos que o trecho do percurso que passa no rio não foi autorizado pela prefeitura, fazendo com que o percurso se tornasse uma surpresa. 


O tal do rio... (2013)

Minutos antes da largada do percurso curto, que se deu às 14h, começou uma chuva forte que duraria o restante do dia. 
Pouco depois os atletas do percurso longo já estavam se aglomerando perante o pórtico de largada e eu começava a sentir um frio na barriga, uma ansiedade nada costumeira. 


Além disso, já que o Gabriel não poderia correr, coube a mim a missão de registrar 'o percurso mais esperado do ano', nas palavras da organização. 



Muita gente e muita chuva!

A largada aconteceu debaixo de chuva e começou o meu primeiro registro de prova utilizando a câmera presa à cabeça. 
De fato o percurso havia mudado, pois percorremos 1,5km dentro da cidade, passando novamente pelo galpão do mercado antigo, até atingirmos uma estrada razoavelmente larga de terra/cascalho, onde foi possível que a aglomeração de atletas se dispersasse, tornando a corrida menos tumultuada. 



Logo à frente começaram as trilhas mais técnicas e fui percebendo, conforme o nível de dificuldade do terreno aumentava, a incrível diferença que o solado do tênis faz! 






Enquanto a grande maioria deslizava, o meu 'tratorzinho' permitia com que eu passasse sem muitos problemas pelos que escorregavam e, finalmente, comecei a me sentir 'em casa'!







Me senti confiante e assim fui desenvolvendo um ritmo bom, considerando a dificuldade do percurso, e mesmo tendo caminhado em alguns trechos de subida, após 1h46'51" (pelo garmin) e 1h47'05" (site da prova), cruzei a linha de chegada ensopada, suja de lama e muito feliz!! O vídeo do percurso pode ser conferido aqui.


Infelizmente os resultados do percurso longo feminino não foram divulgados no dia da prova e não houve premiação nem para os que fizeram o Endurance, Geral Longo/Curto (como mencionamos aqui).

Só no domingo à noite, quando os resultados foram divulgados no site, constatamos que o 3º lugar na categoria foi meu (e o troféu chegou no nosso endereço duas semanas depois)!!



O mais legal de tudo é que passei os dias seguintes à prova sem dores! Uma vitória!!

Análise da prova:
Prós: Percurso excelente, bem técnico, com trecho inicial alterado para dispersão da 'massa', bem sinalizado e com clima ideal (muita chuva, consequentemente, muita lama!). Tanto para o percurso curto quanto para o longo, havia muitos trechos técnicos, mesmo sem o trecho de rio.
Contras: Muitos atletas para a dimensão da prova, mesmo com o trecho inicial mais 'largo'; não divulgação dos resultados logo após a prova, fazendo com que muitos atletas ficassem lá esperando os resultados por diversas horas, sujos, molhados e com fome, enquanto a chuva aumentava cada vez mais, para só depois de muito tempo avisarem que os vencedores receberiam seus troféus em casa.

Um comentário:

Milena Vaquero disse...

Parabens Crisss.... Vc arrasa!!!! Obrigada por nos convidar/apresentar essa prova... Amei e viciei...rs ;)